A Coalizão pela Defesa do Sistema Eleitoral entregou documento contra ataques de Bolsonaro à Justiça Eleitoral e seus servidores.
Por Marina Azambuja
Ontem, 17, diversos movimentos sociais foram até Brasília para entregar ao presidente do TSE, Min. Edson Fachin, uma carta em defesa do sistema eleitoral brasileiro e contra as insistentes declarações falsas e inverídicas do presidente da República Jair Bolsonaro em relação às urnas eletrônicas. A iniciativa de produzir o documento foi da Coalizão pela Defesa do Sistema Eleitoral, que é composta por mais de 200 entidades, incluindo o Coletivo Transforma MP, que estão comprometidas a defenderem a Justiça Eleitoral, pois entendem que ela é fundamental para o funcionamento da Democracia no país.
Desde 2019, Bolsonaro ataca o sistema eleitoral brasileiro atribuindo-lhe a pecha de fraudulento, mas nunca apresentou provas de suas afirmações e mesmo assim, segue divulgando informações caluniosas contra a Justiça eleitoral e seus servidores.
Para as entidades que compõem a carta, os ataques de Bolsonaro causam instabilidade política e democrática em um ano de eleições, por isso o documento propõe que a Justiça Eleitoral, por meio do presidente do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), Edson Fachin, requisite esclarecimentos ao governo Federal sobre as falácias pronunciadas e, se necessário, que instaure uma comissão de investigação para apurar se há interferência do Planalto na regularidade do processo eleitoral.
Outro pedido importante registrado na carta é para que o TSE forme uma grande missão internacional de observadores eleitorais, com experiência em análise de processos eleitorais em outros países, para que acompanhem o pleito de outubro deste ano.
O Coletivo Transforma MP foi representado pelo procurador de Justiça do MPMG, Edson Baeta, que esteve presente na solenidade que repercutiu nos principais veículos do país.
Justiça Eleitoral
A Justiça Eleitoral utiliza mecanismos tecnológicos que garantem o sigilo e a segurança das urnas eletrônicas que proporcionam o voto limpo e preciso aos brasileiros, além dos procedimentos de auditoria e verificação dos resultados que podem ser certificados pelo Ministério Público, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo próprio eleitor.
Portanto, proteger as urnas eletrônicas é defender a democracia que foi conquistada com muita luta, mas que continua ameaçada.
Ficou curiosa ou curioso? Qualquer cidadão pode ter acesso ao acervo de votos fornecidos pelo TSE, basta solicitar um formulário com as informações desejadas.