Transforma MP, APD e APJor repudiam ataques de Bolsonaro a jornalistas

 

A Associação Profissão Jornalista (APJor), o Coletivo por um Ministério Público Transformador (Transforma MP) e a Associação de Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia (APD) vêm a público manifestar sua indignação diante dos ataques perpetrados, recentemente, pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, contra jornalistas brasileiras no exercício do seu ofício.

O mais recente ocorreu no último dia 25, em Sorocaba (SP), quando mais uma vez Jair Bolsonaro agiu de forma truculenta com uma repórter. Desta vez, a vítima foi Adriana de Luca, da CNN Brasil. Em vez de responder às perguntas sobre as irregularidades na aquisição de vacinas para a Covid-19, denunciadas na CPI da Pandemia, o presidente interrompeu-a aos berros, qualificando suas
perguntas de “ridículas” e “idiotas”.

Acumulam-se atitudes do presidente Jair Bolsonaro tratando as mulheres – e em particular as mulheres jornalistas – de forma truculenta e misógina. Assim, ele normaliza as desigualdades de gênero e a violência contra as mulheres, num país que ocupa o vergonhoso quinto lugar entre os países onde mais se cometem feminicídios no contexto da violência doméstica, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Indignadas diante das investidas ilegítimas de um presidente da República que não honra o cargo que ocupa, as entidades que assinam esta nota se solidarizam com as jornalistas agredidas e repudiam veementemente as atitudes de Jair Bolsonaro. No ensejo, também exigem do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que coloque em votação o impeachment do presidente Bolsonaro.

Todas as mulheres, jornalistas ou não, merecem respeito!

Impeachment já do truculento e insultuoso presidente Bolsonaro!

São Paulo, 30 de junho de 2021.

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