Acompanhe a live “Liberdade, luta e resistência negra” com o presidente e fundador do bloco afro Ilê Aiyê, Vovô do Ilê. O debate será mediado pela Procuradora do Tra-balho e membra do Coletivo Transforma MP, Elisiane Santos.
A live acontecerá no dia 18/11 às 18h no perfil @transforma_mp no Instagram.
Vovô, como é internacionalmente conhecido, é fundador, idealizador e criador da Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Aiyê, juntamente com Apolônio de Jesus, já falecido. Vovô fez os estudos primário e ginasial na Escola Parque, depois fez os cursos de Patologia Clínica e o de Engenharia Eletromecânica. Antes de se dedicar, exclusivamente, ao trabalho de presidir e administrar o Ilê Aiyê e sua Banda, foi comerciário e operador da CEMAN e da COBAFE, no Pólo Petroquímico da Bahia, de 1976 a 1981.
Inúmeras são as contribuições de Vovô para o resgate e a afirmação da cultura de origem africana no Brasil. Produziu os quatro discos do Ilê Aiyê. Foi Coordenador do Carnaval da Liberdade de 1989 a 1992. Coordenou o Carnaval de Salvador, em 1996. É produtor de artistas nacionais e estrangeiros nos eventos do Ilê Aiyê. Foi membro da Comissão Organizadora da vinda de Nelson Mandela ao Brasil. Foi membro da Comitiva Oficial de Intercâmbio Cultural Bahia-Benin. Consultor para a criação de blocos afros no Rio de Janeiro, Maranhão e São Paulo. É responsável
pelo Projeto de Extensão Pedagógica e pela Escola Profissionalizante do Ilê Aiyê.
Foi membro do Grupo de Trabalho Interministerial para Valorização da População Negra, em Brasília e membro da Coordenação do Fórum Intermunicipal de Cultura, entre outras contribuições.
Com um trabalho voltado, exclusivamente, para a conscientização da população negra de seus direitos civis e fazendo isso através de manifestações político-culturais como o Bloco Afro Ilê Aiyê, a Band’Aiyê, a Escola Mãe Hilda, o Projeto de Extensão Pedagógica, a Banda Erê, a Escola Profissionalizante e outras, Vovô tem acumulado prêmios e reconhecimentos no Brasil e no Exterior.
São de Vovô essas frases:
“O Ilê Aiyê é, hoje, o único bloco realmente afro da Bahia. Nós temos orgulho de
ser negro. Apenas com este orgulho poderemos modificar esta “pior” que nos
deixaram.”
“O Ilê continua com a sua filosofia: é um bloco da Liberdade / Curuzu, uma
comunidade cuja maioria é negra. Toda vez que você consegue se manter nessa
selva que é a Bahia, é tachado de racista.”
“Na Liberdade, o pessoal diz: “Nada da Liberdade vai pra frente, tudo o que sobe,
desce”. Com isso, ele quer dizer que tudo de negro não vai pra frente. E quando
você consegue segurar por 41 anos uma entidade como o Ilê – de negro, para o
negro – provando que essa afirmação é mentirosa, é racista, ai você incomoda.”
Vai dar certo… É só dar mais um pouco na educação!
Eu quero ela! Se o poder é bom, eu também quero o poder!